
Meu cu não me remete nada
Se o Arnaldo dá-o e peida
Que se foda
Também posso
Começando a trilogia do cu
Três estudos, três lógicas
um mesmo rabo
Coitado do meu cuzinho
Está tão banalizado
Não há outra coisa de que se fale
Meu cu só me suja
Jogando fora o que não presta
-Olha que tem quem coma
Meu cu tá tão velhinho
Sofreu tanta tração
Que já não está mais apertado
Meu cu no seu facho
Seria bom, eu acho
Mas não quero testar
Meu cu se apavora
Ás vezes chora
Lágrimas de sangue
Meu cu já sabe o rito
Todo dia quando acordo
É esse o horário
Meu cu medido
Em repouso não dá a medida
De quando em trabalho
Meu cu é sem graça
Me sinto tanto quanto ele
Quando o convoco
Pra mandar uma gracinha
Meu cu é uma desgraça
Não cagar seria uma graça
Por Deus concedida
No inferno é que se paga
Meu cu é meeiro
Não dá nada de graça
Nem por bom pagamento, no caso
Meu cu é uma pena
É cheio de pêlos do lado
Ás vezes raspo
Mas dá maior medo de rasgá-lo
Meu cu é de um redondo quadrado
Quando tem um pinto dentro
Limpo ou cagado
Está sendo comido
Meu cu nunca teve um dono viado
Mil perdões se estou sendo homofóbico
Meu dedão se não estou sendo sincero
Meu cu nunca esteve tão independente
Basta eu espirrar
E já fico melado
E me lembro
De quando
Não precisava de um cu
Pra ser engraçado
Um cu não é engraçado
Woody Allen é dos bons
Mas não é engraçado
Então fico com meu cu
Mas não pode ser lado a lado?
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