segunda-feira, 15 de março de 2010

Rodrigo Ferraz, o menino peitudo


Rodrigo Ferraz é o sujeito deste vídeo.
Há algumas semanas ele foi a estrela do Domingo Legal.

Eu devia ficar triste por ver um ser humano tão, mas
tão medíocre, sem a mínima noção de que o cérebro
é que difere o homem das bestas e dos vegetais.
O corpo é tão somente o invólucro, é perecível,
datado, frágil. O cérebro é a luz, a verdade e
a vida, alimenta a alma e fortalece o espiríto
quando bem tratado. Por outro lado dilui
a alma e degreda o espírito quando desprezado.

Mas eu sou um egoísta convicto e este sujeito me
lembra que uns 90% da humanidade caminha ao
seu lado, banhando-se festivamente no mar da
ignorância, indiferente a qualquer coisa que
realmente importe, se é que sei o que importa.
Se a maré é essa, pode ser que eu é que esteja
errado, o negócio é banalizar, rebaixar tudo, dessa-
cralizar geral. Bom mesmo é passear sem calcinha
pra mostrar a vagina no jornal, bom mesmo é
gozar na boca, não no reduto do seu lar ou num
motel, mas em público para as homenagens dos
primatas. Estou errado e prefiro continuar errado.
Prefiro continuar levando minha vida de merda.
Vou dispensar meu mensalãozinho enquanto
puder. Vou seguir na minha falácia. No meu
discurso vazio. Na minha ignorância que é a maior
de todas, aquela que tem consciência da sua
magnitude. É isso que falta à humanidade, tomar
consciência da sua própria ignorância, não são
precisos milagres para salvar o mundo. De todo modo
não queremos salvar o mundo, queremos salvar-nos,
se precisamos do mundo, salvemo-lo; se pudermos
ir pra outro canto, é isto que faremos. E onde estamos
errados nisso? Em lugar algum. Sou um ateu, apertaria,
com gosto, um botão para destruir tudo de vez se me
fosse dada a oportunidade. Pergunto novamente:
onde estamos errados nisso? A besta mamou em
nosso seio, gozou de nossa companhia mas traiu
nossa filosofia. Filosofia de quem? Dos senhores
bon-vivants do norte? Ou a de Ibn Khaldun? Que nada,
não passa de baboseira só sigamos a vida que no final
dá tudo certo.

*

Esse artigo foi publicado originalmente numa
revista e reformulei e estou publicando aqui,
por isso o delay.

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