quarta-feira, 17 de março de 2010

Foder-te-ia


Já aprendi que foder não te ofende
Nem eu ser fodido
Pois te amo e tomo no brioco
Há muito que perdi o brio

Já entendi que pra fuder-te
É preciso estar fudido
Pois saiba que te amo
Não tomo no brioco
Mas sempre foi fudido

Compreendi, te foder-te
Só se for só
Deixei a poeira subir
Já não sinto tanto

É foda
Só me fodo com outras
Com você talvez dê certo
Vou te convencer, esteja certa

É tolice, eu sei
Mas eu estou com ira!
Pra onde minha raiva for

Vou te foder com carinho
Baixinho
No escurinho
E será recíproco

Fuder não te ofende
Mas se eu me foder por isto
Eu tenho chance?

Minha chance é um passat
Você é o scort que eu vou montar
Nem que precise de um bom montante
Nem que precise te enfiar um scotch
Precise precisar o que precise

Você verá que não é sempre assim
Me foder ao te tentar
Dessa vez vai dar
Você vai me dar seus pais em paz e no seu país

Maria ave, ouve-me
O vime recrudesce
Porém persisto

Tô quase ovino
Me saiu pela boca um ovo
Não sei o quê é isso
Estou fudido?

Abre alas pra minha bandeira
Flor de Lins vem me ver
Meu território está marcado
Quem pisar tá lascado

Abre alas pra minha folia
Estou deitado na cama
O terreno é fértil
Cansado de damas
Se deita grandes dramas

Tô só e ovino
Tem mais um ovo saindo
E a sujeita não cala
Nem se sujeita

Não é possível tão óbvia como ela
Suas fases redundam
Seu olhar revela
Quero mais é que se foda
Eu e ela, com ela, sem mais.

*

Dedicado ao Edgard e ao Ivan.

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