quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Rima pobre, prosa rica

Navaro tentric
Gosme fronrec
Trepida a fronte
Reprenda a fonte
Rerepete
Caguete
Baguete
Repete
Caguete
Baguete
Gelit
Calherda
Frindoso
Romo
Orumo
Queutomo
Tenrabe
Vede isto
Cisto bistrô
Emchisto
Conchisto
Nata tu mismo
Mesopotâmia
Há ti contíguo
Eu frade
Tuirma
Eu nunco
Tumanca
Eu ropo
Tutancamon
Eu mouco
Tu trampa
Eu genia
Tu gemia
Meu parco inglês
Sufita si porquí je t'aime
Ma no lo minte enda
Hai de simplezar
Czar logoxe
Laguxa tresborda
Barca funda
Espreito de touto
Se evola
Se eu me enrola
Conrola meu caro
Teu me rola
Meu consorte contrista
Se tu me és fola
Fado te canto
De fado me eicho
De fado me tomo
Fado é bom
Me deixa tonto
Totoro de pulp
Cria
Não sai da cabeça
Não há rumo às idéias
Guarda-las-ei onde
Só me vem as más
As boas se escondem
Nos erros gramaticais
Ortogonais
Lexicais
Tóxicos
Se entornam
Sossobram as más
Sossobram as más
Guarda laico da porteira
Acode alma derivada
Sossegado leito
Conserva-se por respeito
Aos peitos, as armas
Aos seios, as bocas
Aos freios, há porra
Aos pretos, masmorra
Aos brancos, que sequem
Aos flancos, pingentes
Aos trancos, de assalto
Aos poetas, os trancos
Cada um com seu tomo
Em fila indiana
Paraíso que espera
Que esperança
Que estamos
Espera que vem
O fraque que arde
A voz descompassa
A tez exaltada
Cova embargada
Rasante melro
Anunciará
O fim que se afasta
A luz que cintila
Cintilará
Não cessará
Sempre estará
Sarará
Samba crioulo
Que é o que te resta
Se a resma dos teus meses
Não te agrada
Afaga-te
Na puta moça
Que espera-te
Espero-me de ti
Que não há mais o que dizer
De tanto que te fiz
Minha ira se aplaca
Se a placa
Ali na entrada
Diz que é o céu
Vede que não tema
Entra e te lambuza

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