domingo, 31 de janeiro de 2010

Isto, é, uma, inverdade



Galvão
é(foi) um grande letrista

Os Novos Baianos foi, sem dúvida, um dos maiores
groupies
da história da marijuana e tem sua discografia
recomendada, mas aqui o assunto é seu principal letrista,
autor de praticamente ou todas as letras originais da
banda, Luiz Galvão.

Não quero com isso dizer que Galvão foi um péssimo
letrista; só não foi nenhum gênio, o que não é
nenhum pecado.

Vamos às letras:

Curto de véu e grinalda
Pra conhecer minha face oculta
Tenho que curtir de coroa e anel
Véu e grinalda na luta santa

Na santa luta virgem idade

Todos os olhos da cidade

Senhoros, senhoras


Carece de sentido. E senhoros é dose.

Se eu quiser eu compro flores
E me desperto nessa cor que me conheço que é só o perto.
E na sala de espera: televisão,
óculos escuros da
minha noite me fala das cores.
De dia, o jornal, meu guia espacial.


Considerando a época quase faz sentido.

Mistério do planeta
O tríplice mistério do stop,
que eu passo por e sendo ele no que fica em cada um.

????????????????????

Quando você chegar
Quando você chegar, é mesmo que eu estar vendo você.
Sempre brincando de velho, me chamando de Pedro,

me querendo menino que viu de relance.

Construção tortíssima.

99 vezes
Você procure 99 vezes e depois deixe uma pra lá
Que não foi em vão que Einstein disse
que o saber vem do infinito


Saquei.

Straight-flush
A noite me "revivoro"
De sur-em-sur-presas vem

Cai-nos a noite
De noite
Por mais que lhe afogue a vida

Esconda o jogo
Blefe
Mas na cartada final

Abra o leque

Straight-Flush.


Será que sou ranzinza e não vejo a originalidade?

Na fogueira
Lá no meio, lá no fundo da fogueira que se descobre,
que o sonho é o mais belo caminho para a eternidade.

No meio ou no fundo?

Sugestão geral
Tragam sempre o supreendente,
Lancem a dúvida em semente,
No aniversário das letras,

Um presente da pesada,
Um ano de palavras.


Quase... tente mais uma vez.

E por aí segue a toada.

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