terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Go back

Pois é, estamos de volta. Quem pensou que o penúltimo seria o
último, dançou. Estive tirando o atraso na série americana
"Dexter"; havia assistido a primeira temporada na época da
exibição na tv e só agora comprei o box da segunda e estou
neste exato momento comprando o 7º episódio da terceira
temporada, até amanhã termino de comprar o box da terceira.
Continuo achando a série atraente, o elenco é estupendo mas
sinto falta de alguma coisa.

Além de "Dexter" estive pensando se valia a pena continuar
escrevendo neste blog; fico pensando se algum dia alguém
vai se interessar pelo que escrevo, não que a intenção
seja essa, a intenção sempre foi auto-satisfação mas,
quando essa não ocorre, me satisfaço satisfazendo.

A verdade verdadeira é que eu queria ser uma merda de um
escritor mas não passo de um escritor de merda, não em
termos de conteúdo pois como podem ver nos posts anteriores
só trato de Hegel pra cima. O caso é que creio que tenho um
conteúdo pra mostrar, mesmo alheio a academicismos, mas
falho miseravelmente quando tento fazê-lo, qualquer ficção
sempre descamba para um surrealismo vadio e desinteressante.
Mas também não consigo desistir, é como se Deus estivesse
me dizendo que estou no caminho certo, ele me manda
mensagens dizendo isso, ou pelo menos é no que eu queria
acreditar. É aquela ponta de misticismo que ainda resiste
bravamente no mar de racionalidade.

Fosse uma receita teria uma pitada de Ingmar Bergman,
diluindo ou concentrando, realmente não sei, alta filosofia,
o riso agridoce saudavelmente(?) pedófilo de Woody Allen,
a fixação de Stanley Kubrick, a magia de Spielberg,
a energia de Scorsese, a melancolia de Tarkovsky,
a liricidade de Clarice Lispector, a crueza de Rubem
Fonseca, a ironia de Machado(essa só pra dizer que
sou culto... só li Machado quando criança), qualquer
coisa do Clube da esquina, uma nota de Chopin(mais uma vez...),
se fuder dignamente como Jean Valjean, talvez não tão
complacente e o recheio todo à base dos medalhões da
MPB.

Eu queria isso. Ou morrer. Quem sabe vagar por aí que
o inferno deve de tá cheio e o céu loteado. E aqui tá muito mas
muito chato. E deprimente. E constrangedor. E procrastinador.

*

"Só quero saber do que pode dar certo,
não tenho tempo a perder"
Torquato Neto

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